SEGUIR E SERVIR A CRISTO REQUER OBEDIÊNCIA

“O demônio consegue se disfarçar sob o manto da humildade, mas jamais sob o manto da obediência.” (Faustina Kowalska)

Se dizer ser cristão, levantar a bandeira da religiosidade é fácil. Tão fácil que chega a ser trivial. Da boca pra fora qualquer um diz, qualquer um é. Agora se mostrar cristão, defender seus princípios, servir e seguir a Cristo nas suas atitudes é diferente.

Por que o dizer e o fazer tem pesos tão distintos? Porque o fazer exige obediência. Obedecer é servir, é honrar e nós gostamos de ser servidos e honrados e não o contrário.

É por isso que a frase acima é tão pertinente, principalmente nos dias de hoje. Você reconhece um cristão de verdade não pelo que ele diz, o que ele prega e sim pelo que ele vive. O que ele vive deve estar de acordo com o que ele prega. Ele deve viver sob o manto da obediência.

O manto da humildade até o diabo pode se vestir dele. Já o manto da obediência ele não consegue e aí é que conseguimos discernir entre o joio e o trigo; a luz e as trevas; os que são de Deus e os que não são.

A palavra de Deus é o alimento do cristão. A Bíblia é a sua espada, mas não é feita para o ataque e sim para a defesa. Ela foi criada para sua proteção. Ela é um manual perfeito de vida. De como proceder, de como viver uma vida longa, saudável, feliz e prospera.

Que a nossa vida não seja uma vida de aparências, de disfarces. Não somos espiões. Somos criaturas de Deus e se quisermos ser chamados filhos de Deus devemos sim obedecê-lo. Devemos levar sua palavra a sério e nos alimentar dela se quisermos ser transformados pelo seu poder.

A obediência quebra maldições. A obediência nos leva a caminhos aplainados e nos torna pessoas melhores. ❤

“Purificando as vossas almas pelo Espírito na obediência à verdade, para o amor fraternal, não fingido; amai-vos ardentemente uns aos outros com um coração puro;” (1 Pedro 1.22)

A ÚLTIMA A SER ESCOLHIDA

Alguns dos alunos onde trabalho me fazem lembrar da minha época de escola. Me fazem lembrar de mim mesma naquele tempo.

Eu sempre fui aquela aluna mediana, introvertida e que não revelava minhas verdadeiras habilidades. Sabe do que eu mais lembro? De ser a última a ser escolhida. De ser sempre aquela que a professora tinha que encaixar em algum grupo.

Eu odiava trabalhos em grupo. Os colegas que tinham que me aturar no grupo faziam cara de desgosto, “ah, ela não”! Desde a primeira série até o último ano do ensino médio foi assim. Ninguém gostava de mim e eu não gostava deles, mas tinha que me socializar. Eu estava na escola pra aprender não apenas os conteúdos, mas também pra conviver em sociedade.

No ensino fundamental eu era muito boa em jogar queimada. Era uma das poucas atividades em educação física que eu gostava. Era uma das últimas a sair do jogo, mas era a última a ser escolhida pelos colegas (a que restava) e como isso me frustrava. Eu pensava: Eu sou boa nesse jogo, mas por quê não me escolhem logo?

Por vezes me diminui achando que eu era o problema. Achando que não era capaz ou não era boa o suficiente. No fundo eu queria ser reconhecida. Mas tudo que consegui era ser a última a ser escolhida. Eu tinha amigos sim, mas mesmo eles não viam muita coisa em mim, eu entendo. Afinal, eu não revelava o quão inteligente eu era, nem boa em algo.

Já no ensino médio foi pior. Adolescentes, sabe?! Alguns se destacavam pela beleza, outros pela inteligência, outros nos esportes… E eu não destacava em nada. Se não respondesse presente na chamada nem mesmo os professores saberiam que eu estava lá. Eu não me importava em ser “invisível”. O que me frustrava era fazer parte de algo e ninguém perceber minhas habilidades. Como assim eles não veem que sou boa com as palavras escritas? Como assim não percebem que sou melhor nessa matéria do que na outra? São tão ignorantes assim ou só querem me deixar de lado?

Lembro que uma vez o professor de inglês deu uma prova em dupla e ele me colocou com um aluno muito metido. Nitidamente ele estava chateado por não fazer par com uma de suas amigas. A panela perdeu a tampa. Sabe o que me irritou? Não foi o fato de sentar com ele. Eu realmente não me importava com quem o professor me colocava. Foi ele supor que eu não sabia nada da matéria, não me deixar fazer nada e ainda colar na prova porque as amigas estavam sentadas atrás de nós. Resultado? O pior. Tiramos uma nota baixa e ele riu e disse: “Eu nem precisava de ponto mesmo, já passei”.

Tive vontade de puxar ele pelos cabelos. Eu precisava de pontos. Sabia a matéria melhor do que eles. E acharam que por estar sempre tirando notas altas eram melhores do que eu? Ah, me poupe! Ainda bem que esse tempo já foi. Eu era boba demais. Não tinha uma autoestima saudável, tinha dificuldade em dizer o que realmente sentia ou pensava. Deixava minha própria vida à deriva.

Hoje quando vejo os alunos na escola onde trabalho eu até acho graça. Quando os vejo frustrados digo que vai ficar tudo bem e que numa próxima vez eles se sairão melhor. Faço o melhor que posso pra que a autoestima deles não seja prejudicada. Brinco, cuido, ensino, corrijo, e falo sobre suas habilidades. Não quero vê-los se diminuindo, nem se autodestruindo como muitas vezes eu fiz.

Quero que eles sejam felizes. Quero que olhem pra si mesmos e veja o quão inteligentes e capazes eles são. Porque eles são.

Quando digo que vai ficar tudo bem e que numa próxima vez eles se sairão melhor, não estou mentindo, nem reconfortando. Estou dizendo a verdade por experiência própria. E estou dizendo pra mim mesma. Cada dia a gente pode melhorar um pouquinho. Não se preocupe, vai ficar tudo bem, acredite! 😉

Foto: Pixabay/pexels

O QUE EU NÃO RESOLVO, ACABO POR REPETIR

“Tudo aquilo que eu não resolvo eu tenho que repetir.” Essa foi a frase que ouvi da professora de matemática do 6º ano da sala onde fico a tarde. E comecei a refletir sobre ela. É uma verdade não somente para a matemática, mas para a vida.

Tudo aquilo que eu não resolvo tendo a repetir, por exemplo, a procrastinação. Se eu não resolvo esse problema, logo me vejo sempre repetindo o erro de deixar o que eu tiver de fazer para depois.

Se eu não resolvo problemas emocionais vou acabar criando um padrão de repetição (que não desejo), mas acaba se tornando um hábito.

Você já teve aquela sensação de fracasso na vida? Aquele pensamento de que parece estar cometendo sempre os mesmos erros e não saindo do lugar? Pois é, eu também já. E isso se deve a questões não resolvidas ou mal resolvidas.

Quando eu não tinha uma autoestima saudável, nem sabia como me amar, eu era uma pessoa extremamente carente e instável. E ao me relacionar afetivamente, logo eu me via dependente daquela pessoa o que era prejudicial e perigoso. Eu repetia o padrão de dependência, de aceitar qualquer coisa por aquele relacionamento porque achava que precisava disso mais do que qualquer coisa na vida.

Por não resolver um problema emocional (da autoestima, do amor próprio) eu repetia um padrão de comportamento em todos os meus relacionamentos. Quando eu finalmente resolvi eu parei de viver um ciclo de repetição. Parei com os erros e com os excessos que me prejudicavam. Parei com a autossabotagem e não olhei mais para a superficialidade.

Se algo está dando errado significa que a gente deixou de aprender a lição. É preciso olhar com muita atenção, fazer uma autoanálise e enxergar o problema real para conseguir resolver e quebrar de vez o ciclo vicioso.

Tenha isso em mente. “Tudo aquilo que eu não resolvo eu tenho que repetir”.

Foto: Monstera/pexels

UM PEPINO PODE SER SÓ UM PEPINO

“Na maioria das vezes, um pepino é somente um pepino.” Sigmund Freud

Parece besta a frase acima acima, né? Mas acontece que ela existe por um motivo. E o motivo é que o ser humano tem a incrível capacidade de exagerar qualquer coisa seja ela real ou imaginária.

Diante de um problema a gente sempre tenta achar uma solução que faça sentido, mas às vezes a gente se perde no “e se” e nas inúmeras possibilidades do porquê tal coisa está acontecendo. O problema em si é uma “lagartixa”, mas a gente insiste em dizer que é um “jacaré” porque na nossa cabeça é isso que ele é. Logo o que vemos é isso. Então o problema se torna maior do que ele realmente é.

Eu já confundi as coisas muitas vezes. Tomei como real algo que idealizei na minha mente. Às vezes a gente quer acreditar que o outro está sempre querendo nos prejudicar de alguma forma, sempre tramando algo pelas nossas costas ou que somos um alvo interessante e vivemos em constante “perseguição”. O nome disso é imaginação fértil. É verdade que existem pessoas não apenas capazes de prejudicar alguém, como realmente o fazem. Mas geralmente, o que acontece de fato é a auto sabotagem. A gente mesmo se prejudica.

As coisas costumam ser mais simples do que imaginamos.

Estamos acostumados ao exagero, ao drama e queremos viver como se tudo fosse um grande espetáculo. É por isso que vivemos em constante ansiedade. Pensamos uma coisa e vemos outra e isso nos frustra, nos decepciona.

A verdade é que precisamos analisar as próprias emoções. Entender quem a gente é e o que é que a gente quer de fato. Aprender a separar a realidade da imaginação. Então, a “lagartixa” não será mais um “jacaré” e sim apenas uma “lagartixa”. É assim que se lida com os problemas. Tendo a clareza do que eles são e do que pode ser feito ou não sobre eles.

Nosso cérebro comanda todo nosso corpo. É a mente que governa sobre o corpo e não o contrário. Porém, somos nós que treinamos a mente.

Se treinarmos nosso cérebro para enxergar as coisas como realmente são, então, vamos parar de viver tão ansiosos sempre enxergando “chifre na cabeça de cavalo”.

A verdade é simples. A gente é que quer ficar enfeitando demais as coisas.

Você já parou pra pensar que um pepino pode ser mesmo só um pepino?

ENTRE O PRETO E O BRANCO EXISTE O CINZA

“Comigo tudo é preto no branco.” Quem nunca ouviu essa frase, não é mesmo? Talvez você já a tenha falado em algum momento. Ela tem peso, tem importância. Significa que tudo é às claras. Tudo é claro, limpo, simples e bem resolvido.

Mas será que é tudo? Tudo mesmo preto no branco? Simples e direto. É preto no branco com qualquer pessoa, com qualquer assunto, com seu trabalho, consigo mesmo e até, quem sabe, com a divindade que você crê ou segue?

Entre o branco e o preto existe o cinza. Aquela nuance que a gente não revela pra todo mundo. Talvez a gente mesmo nem a perceba. Estamos tão envolvidos com outras coisas. Estamos sempre tão desatentos a nós mesmos por tanto olhar pra vida do outro.

Entre o preto e o branco existe o cinza. Existe aquela parte que a gente não conta. Existe o pior de nós que a gente esconde. Existe os quartos escuros da própria alma. Existe aquela porção de mentirinhas que a gente diz. Existe um outro lado que a gente mesmo desconhece de nós e dos outros.

Nem tudo é preto no branco.

Nem tudo 8 ou 80.

Porque nem tudo fica realmente às claras. Nem tudo fica bem resolvido como devia. Nem tudo fica exposto, explícito. Assim como nem tudo pode ser explicado.

A gente mente. A gente encobre muita coisa. Dores, feridas abertas, cicatrizes, lembranças, medos, aflições, verdades dolorosas e tantas outras coisas. A gente deixa no cinza as partes que não queremos que fiquem no “preto e no branco”.

É verdade que a gente precisa esclarecer as coisas, as palavras que a gente diz, os pensamentos que a gente tem, a vida que a gente quer levar. É verdade que a comunicação precisa ser clara, objetiva, direta. A vida precisa ser simples e bem resolvida pra seguir sem maiores danos. No entanto, isso é mais difícil do que parece. O ser humano é inteiramente complexo e mutável. O que torna tudo literalmente relativo. O que o outro vê nem sempre é o mesmo que eu vejo. Quem o outro é difere de quem eu acho ou quero que ele seja.

Até para o preto ou para o branco existe tonalidades diferentes.

Uma mesma história permite diversas interpretações.

Seja uma pessoa correta sim! Deixe tudo puder às claras! Seja uma pessoa de palavra e bem resolvida na vida! Só não seja prepotente achando que realmente é tudo preto no branco. Há outras nuances que a gente não vê tão nitidamente. Há coisas em nós que não revelamos e outras que sequer conhecemos.

Assim como uma mesma história permite diversas interpretações, há outras nuances entre o preto e o branco.

Entre o preto e o branco existe o cinza.

Entre o 8 e o 80 existe o 40.

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Foto: Elina Krima

A PREGAÇÃO

Nós pregamos sobre um Deus de amor, mas quando temos a oportunidade de amar o outro, o odiamos com toda a força.
Nós pregamos sobre um Deus justo e fiel, mas quando temos a oportunidade de mostrar justiça e fidelidade nos omitimos, mentimos, agimos de forma impiedosa uns com os outros.
Nós pregamos sobre um Deus que corrige, que perdoa, que ensina, que é infinito em bondade e misericórdia, mas nós os que dizemos ser servos desse Deus digno e maravilhoso envergonhamos o nome Dele, trazendo zombaria, fazendo muito pior do que aqueles que não O conhecem porque nós O conhecemos e portanto, conhecemos a verdade.

Somos imperfeitos, pecadores e não nos compadecemos uns dos outros. Não temos misericórdia e pelo visto nem fazemos questão de ter. Ferimos, zombamos, humilhamos uns aos outros. Comemoramos a queda, a dor, a doença e a morte do outro por causa de partido político, credo, cor, religião, por causa das escolhas de cada um como se fossemos superiores ou isentos de qualquer mazela. 


O erro não está no que é pregado, na mensagem do evangelho, muito menos no Deus a quem dizemos servir, porque o Deus é esse mesmo, de amor, de bondade, fidelidade, misericórdia, de justiça, de compaixão, de benevolência e majestade. O erro está em nós que por falta de obediência a Ele não estamos refletindo a Sua glória. 


Jesus disse: “Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês amarem uns aos outros.” (João 13.34-35)
Se a gente não consegue amar o outro (independente de quem seja), o nosso irmão a quem a gente vê, como podemos dizer que amamos a Deus, a quem não vemos? 


O erro está em nós que não vivemos o que tanto pregamos. O ouvido dos ímpios estão sangrando de tanto ouvir nossas pregações repetidas sobre um Deus maravilhoso, poderoso e que transforma vidas, mas os seus olhos não enxergam esse mesmo Deus em nós. Hoje, somos nós que os confundimos com a pregação, a mensagem certa e as atitudes erradas. Não espere o outro retribuir ou dar o primeiro passo, apenas faça o que tem que ser feito.

Ame. Faça a sua parte! Seja bom, seja fiel, seja luz, seja sal, leve alegria, chore com os que choram, seja consolo, seja abrigo, seja vida, seja amigo, seja o que Deus quer que você seja, seja amor. Quando nós formos amor, então os outros verão Deus em nós. Sentirão o bom perfume de Cristo e vão querer o mesmo. ❤ 

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Foto: Wendy Van Zyl

O AMANHÃ NÃO EXISTE

“Se você realmente quer fazer algo, vai arrumar um jeito. Se não quiser, vai arrumar uma desculpa”. (Jim Rohn)

O que essa frase tem a ver com a foto? Tudo. 
Eu tinha vontade de fazer uma sessão de fotos profissional, mas estava sempre adiando por diversos motivos. E um deles era a espera pelo dia perfeito. Então, deixei os dias virarem anos, na expectativa de que o dia perfeito chegaria. Eu tinha vontade, mas as desculpas eram mais fortes em mim.

Certo dia um fotógrafo me encontrou na rede social, curtiu minhas fotos e disse: Vamos fazer um ensaio? Eu pensei um pouco e disse que retornaria.

A verdade é que eu queria uma boa desculpa pra não ter que ficar diante de uma câmera, de novo. Isso me deixava desconfortável (ainda deixa).

Não muito tempo após a conversa, eu vi a morte e foi aí que minhas desculpas perderam a força e o sentido. Então, chequei minha vontade mais uma vez e minhas finanças também e fui pra tática que aprendi no livro Me Poupe! da linda e rica Nathalia Arcuri.
A prática do Que-Me-Pre-Po-De
Que – Eu quero? Sim.
Me – Eu mereço? Sim.
Pre – Eu preciso? Sim.
Po – Eu posso? Sim.
De – Eu devo? Sim. 

Retornei a mensagem. Disse a ele: Vamos fazer o ensaio!
Eu lembrei de algo precioso, uma verdade por vezes ignorada na espera pelo dia perfeito. Eu só tenho o hoje.
As desculpas perdem a força e o sentido diante da verdade e do foco nos objetivos.

A ideia era esperar até os 30, mas posso não estar mais aqui aos 30 anos, e aí?
Não esperei. Fiz o ensaio fotográfico aos 29 e quer saber? Foi um dos ensaios mais incríveis que já fiz na minha vida! Faria tudo de novo! 

Quantas desculpas você vai continuar inventando para esse teu objetivo ou sonho aí? O que você está esperando para fazer a mudança de verdade acontecer na sua vida? O dia perfeito? Ou será que está só esperando as coisas caírem do céu?  Eu sei que não é fácil vencer as desculpas, elas são sedutoras e convincentes. Nos convencem que o melhor lugar para se estar é onde já estamos. Que não precisamos ir além disso. Elas seduzem, mas essa sedução é apenas um truque pra nos estagnar, nos deixar numa zona de conforto sem esperança de um futuro promissor e real. É preciso acordar e reagir enquanto é tempo! 

Você pode ir além! Deixe as desculpas de lado e corra atrás dos seus objetivos, sonhos e metas de vida! Se cruzar os braços e esperar a oportunidade perfeita surgir, vai ficar pra trás e acabar frustrado. Você precisa enxergar em cada um de seus dias as oportunidades pra mudança, pra melhora, pra conquista, pro avanço e pro sucesso, o seu sucesso depende da sua vontade e ação. 

Eu não sei o que VOCÊ quer, mas sei que precisa parar com as desculpas e ajustar a rota da sua vida. O dia perfeito é hoje. O amanhã não existe. 

Foto: Victor Rodrigues

RESPEITO

O respeito é a base de qualquer relacionamento, seja ele profissional ou pessoal. Onde não há respeito haverá sempre a desonra, o caos, a culpa e o ódio. Não somos obrigados a gostar de todo mundo, nem temos que aceitar a tudo e a todos, mas temos sim a obrigação de respeitar o outro independente de suas escolhas, de seu caráter, de sua personalidade, de quem ele era, é ou será.

Exigimos respeito a todo custo das pessoas a nossa volta, mas sabemos respeitar? Respeitamos de verdade os outros ou apenas invadimos a vida alheia?

Muitas vezes só respeitamos apenas quando convém, quando o outro nos serve, quando a opinião é comum, enquanto tudo é como e quando queremos. Isso não é respeito é utilitarismo.

Estamos tão utilitaristas uns com os outros e com nós mesmos que esquecemos do que realmente importa.

Entenda bem, respeito não é abaixar a cabeça, nem sucumbir a ideia ou ao desejo do outro, nem concordar com tudo e com todos. É a forma mais simples de expressar amor ao próximo. É como dizer: “Independente das suas opiniões ou escolhas, estou aqui pra te amparar no que for preciso e no que cabe a mim porque você é tão humano quanto eu”.  Somos humanos, falhos, imperfeitos e todos estão sujeitos a queda, então por que maltratar o outro?

A cor da pele, a forma do cabelo ou do corpo, a origem ou etnia, a classe social, a opção seja ela política, religiosa ou sexual, as escolhas, o cargo ocupado são apenas algumas das nossas diferenças, mas nenhuma delas exclui nossa humanidade. O contexto pode ser diferente, mas a humanidade, a fragilidade, a vulnerabilidade, a imperfeição é a mesma. E no fim nos descobrimos tão mortal como qualquer outro indivíduo ou ser vivente é.

A gente não devia usar “a mesma moeda” e sim usar medidas justas. “Ah, mas o outro fez isso comigo, então vou agir do mesmo jeito e dane-se”! O outro é o outro e você é você. As pessoas só podem oferecer aquilo que tem. E um erro não justifica o outro.

Se você paga com a mesma moeda que lucro você tem? Que diferença você faz?

Nós podemos influenciar uns aos outros, usar ou ser exemplos e até mesmo persuadir, mas não temos o poder de mudar o outro. Nós só podemos mudar a nós mesmos.

O respeito é a medida certa, a medida justa e devemos isso uns aos outros sim independente de quem são, do que fazem ou do que acreditam.

É como aquele velho ditado “Não faça aos outros o que não quer que façam a você.”

Respeite a si mesmo e então você conseguirá respeitar o seu próximo seja ele quem for. 😉

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Foto: Pixabay