A vida é cheia de surpresas, de altos e baixos, e também de incertezas, não é mesmo? Um dia a gente está bem, no outro nem tão bem assim. Tem dias que tudo parece estar sob o nosso controle e outros… Ah, nada sai como o planejado!
Comecei a passar mal no início do mês. Ficava indo e vindo da casa pro pronto socorro. Médico daqui e dali e ninguém sabia me dizer o que era de verdade. Me atendiam, mas ninguém conseguia resolver o meu problema. Eu, já aflita por não saber o que eu tinha, só pensava: Eu vou morrer? Chegou realmente a minha hora? Mas assim sem um legado, sem uma conquista, sem despedidas?
Minha família estava preocupada e impotente diante da situação. Procuramos um outro médico, desta vez, particular no meio desse desespero todo. Ele checou todos os exames que eu tinha feito, ouviu a minha história, me examinou e explicou pacientemente o que estava acontecendo comigo.
Recebi um diagnóstico de ansiedade e síndrome do pânico e foi quando eu pensei: O que? Quando foi que perdi o controle? Eu estava bem até outro dia. Quando foi que meu psicológico ficou tão abalado sem eu perceber? Logo eu que sou tão forte?
Não. A verdade é que a gente não é tão forte assim. A gente é humano e estamos sujeitos a tudo nessa vida, nesse mundo, nesse plano terrestre. Nesses dias que pra mim sinceramente foram torturantes, eu pude ver o quão impotente um ser humano pode ficar diante da doença, do medo, do desespero, da morte. A gente não é autossuficiente, não sabemos de tudo e muito menos temos o controle de todas coisas. Nós somos apenas humanos.
Eu vivi algo que não desejo nem mesmo pra pior pessoa desse mundo. Foram os dias mais difíceis da minha vida. A comida não parava no estômago, então só podia ficar com os líquidos pra não desidratar. Eu parecia um chihuahua de tanto que tremia e não era de frio. O coração acelerava e eu achava que ia sofrer um infarto. Me sentia fraca a ponto de um desmaio. A respiração era difícil e a noite eu tinha medo de dormir porque achava que ia morrer.
Eu estava a beira de um colapso. Eu sentia que se não encontrasse uma solução, uma resposta pelo menos, eu acabaria surtando. Eu nunca senti tanto medo. Eu nunca me senti tão frágil e vulnerável. Eu nunca orei e clamei a Deus tanto pela minha própria vida e pela vida dos outros quanto nesses dias.
Foi a primeira vez em anos que eu me senti sensível ao outro de verdade, que me importei com a vida do outro. Eu estava num pronto atendimento e ali haviam várias pessoas com diversos problemas. Problemas esses até maiores que os meus. E eu pedia a cura pra eles também. Continuo clamando pela cura. Continuo orando e agradecendo. Continuo crendo mais do que antes.
Quem sabe esse susto não foi pra me tornar alguém melhor? Uma pessoa menos egoísta, menos individualista, menos arrogante e ignorante.
A gente gosta de dizer como a vida, as pessoas, a saúde e tantas outras coisas são importantes, mas a gente só valoriza de fato quando perde ou fica a ponto de perder.
Valorize a sua vida, cuide dela com carinho! Não desista! Não pare de crer, não pare de lutar! Você é capaz de vencer qualquer desafio, não se desanime!
Nem tudo está sob o nosso controle e está tudo bem. Isso não é razão pra enlouquecer. Porque o que não podemos controlar, Deus pode e Ele sabe lidar com tudo aquilo que pra nós (humanos) é impossível.
O corpo também fala. E o meu disse: Reaja! ❤