O QUE EU NÃO RESOLVO, ACABO POR REPETIR

“Tudo aquilo que eu não resolvo eu tenho que repetir.” Essa foi a frase que ouvi da professora de matemática do 6º ano da sala onde fico a tarde. E comecei a refletir sobre ela. É uma verdade não somente para a matemática, mas para a vida.

Tudo aquilo que eu não resolvo tendo a repetir, por exemplo, a procrastinação. Se eu não resolvo esse problema, logo me vejo sempre repetindo o erro de deixar o que eu tiver de fazer para depois.

Se eu não resolvo problemas emocionais vou acabar criando um padrão de repetição (que não desejo), mas acaba se tornando um hábito.

Você já teve aquela sensação de fracasso na vida? Aquele pensamento de que parece estar cometendo sempre os mesmos erros e não saindo do lugar? Pois é, eu também já. E isso se deve a questões não resolvidas ou mal resolvidas.

Quando eu não tinha uma autoestima saudável, nem sabia como me amar, eu era uma pessoa extremamente carente e instável. E ao me relacionar afetivamente, logo eu me via dependente daquela pessoa o que era prejudicial e perigoso. Eu repetia o padrão de dependência, de aceitar qualquer coisa por aquele relacionamento porque achava que precisava disso mais do que qualquer coisa na vida.

Por não resolver um problema emocional (da autoestima, do amor próprio) eu repetia um padrão de comportamento em todos os meus relacionamentos. Quando eu finalmente resolvi eu parei de viver um ciclo de repetição. Parei com os erros e com os excessos que me prejudicavam. Parei com a autossabotagem e não olhei mais para a superficialidade.

Se algo está dando errado significa que a gente deixou de aprender a lição. É preciso olhar com muita atenção, fazer uma autoanálise e enxergar o problema real para conseguir resolver e quebrar de vez o ciclo vicioso.

Tenha isso em mente. “Tudo aquilo que eu não resolvo eu tenho que repetir”.

Foto: Monstera/pexels

UM PEPINO PODE SER SÓ UM PEPINO

“Na maioria das vezes, um pepino é somente um pepino.” Sigmund Freud

Parece besta a frase acima acima, né? Mas acontece que ela existe por um motivo. E o motivo é que o ser humano tem a incrível capacidade de exagerar qualquer coisa seja ela real ou imaginária.

Diante de um problema a gente sempre tenta achar uma solução que faça sentido, mas às vezes a gente se perde no “e se” e nas inúmeras possibilidades do porquê tal coisa está acontecendo. O problema em si é uma “lagartixa”, mas a gente insiste em dizer que é um “jacaré” porque na nossa cabeça é isso que ele é. Logo o que vemos é isso. Então o problema se torna maior do que ele realmente é.

Eu já confundi as coisas muitas vezes. Tomei como real algo que idealizei na minha mente. Às vezes a gente quer acreditar que o outro está sempre querendo nos prejudicar de alguma forma, sempre tramando algo pelas nossas costas ou que somos um alvo interessante e vivemos em constante “perseguição”. O nome disso é imaginação fértil. É verdade que existem pessoas não apenas capazes de prejudicar alguém, como realmente o fazem. Mas geralmente, o que acontece de fato é a auto sabotagem. A gente mesmo se prejudica.

As coisas costumam ser mais simples do que imaginamos.

Estamos acostumados ao exagero, ao drama e queremos viver como se tudo fosse um grande espetáculo. É por isso que vivemos em constante ansiedade. Pensamos uma coisa e vemos outra e isso nos frustra, nos decepciona.

A verdade é que precisamos analisar as próprias emoções. Entender quem a gente é e o que é que a gente quer de fato. Aprender a separar a realidade da imaginação. Então, a “lagartixa” não será mais um “jacaré” e sim apenas uma “lagartixa”. É assim que se lida com os problemas. Tendo a clareza do que eles são e do que pode ser feito ou não sobre eles.

Nosso cérebro comanda todo nosso corpo. É a mente que governa sobre o corpo e não o contrário. Porém, somos nós que treinamos a mente.

Se treinarmos nosso cérebro para enxergar as coisas como realmente são, então, vamos parar de viver tão ansiosos sempre enxergando “chifre na cabeça de cavalo”.

A verdade é simples. A gente é que quer ficar enfeitando demais as coisas.

Você já parou pra pensar que um pepino pode ser mesmo só um pepino?