ELES NÃO SÃO DEUSES… SÃO HUMANOS

“You can call me artist, you can call me idol, anim eotteon dareun mwora haedo, I don’t care. I’m proud of it, nan jayuropne, no more irony, naneun hangsang nayeossgie.” (Trecho da música Idol – BTS)

E a tradução diz o seguinte: “Você pode me chamar de artista, você pode me chamar de ídolo ou qualquer outra coisa que você quiser, eu não me importo. Eu tenho orgulho disso, sou livre, sem mais ironia, pois eu sempre fui eu mesmo.”

Eu particularmente gosto muito da cultura asiática. Gosto de k-pop e de outras músicas, dos dramas (coreanos, chineses, japoneses, tailandeses…), da culinária, enfim, desse mundo diferente e interessante. Porém, nem tudo são flores, não é mesmo? E quanto aos espinhos que a gente não vê ou ignora? A Ásia é um dos continentes com altos índices de suicídio e na Coréia do Sul (um dos países com a maior taxa de suicídio) tem uma ponte com algumas mensagens inspiradoras que levam as pessoas a refletirem, a pensarem em outra solução, algo menos trágico e sem volta.

Muitos desses artistas, desses “idols” já tiraram a própria vida e outros pensaram e/ou ainda pensam em tirar. Será que eles são tão livres assim? Será que eles podem ser eles mesmos sempre? Será que eles realmente não se importam como são chamados? Eles não são deuses. São humanos como eu e você. Não são perfeitos. Tem família, amigos, pessoas que amam. Tem seus problemas, preocupações, dificuldades, medos, anseios, os dias bons e os maus também. Comem, dormem, sonham, planejam, ganham e perdem, choram, riem, ficam tristes, ficam alegres e tem emoções como qualquer outro ser humano.

Eles se cansam e se irritam também. É desconfortável ter alguém te espreitando, te seguindo o tempo todo com câmeras e microfones. É desconfortável não poder andar livremente, não ir a lugares que quer, pois pode encontrar aqueles “fãs” descontrolados e perigosos. Essas pessoas tem fome de idols, de celebridades. Não se importam com a pessoa, apenas com o artista.

A pessoa do palco, do público, (o artista) é diferente da pessoa do dia a dia. Eles estão representando seja no palco (cantores), no set de filmagem (atores), ou num estúdio fotográfico. É uma imagem a se passar, a se vender e não totalmente quem eles são. Na vida real muitos deles são tímidos, sensíveis, quase o oposto do que vemos. Nos dias livres, eles devem ser gente como a gente, que fica em casa de pijama ou uma roupa mais confortável e chinelo o dia todo. Gente como a gente. Um ser humano como qualquer outro.

Já parou pra pensar no quanto eles são cobrados? Na pressão diária que recebem? Ah, você é daqueles que só vê a ponta do iceberg? Pois é! Nenhum sucesso vem do nada. Tudo na vida tem um preço. E o preço deles é o trabalho árduo. As noites em claro, o choro que ninguém vê, a saudade de casa que fica silenciada. As pessoas desse mundo do entretenimento (os artistas), geralmente começam a trabalhar cedo. São jovens carregando uma grande responsabilidade e não apenas um sonho.

Não seja essa pessoa inconveniente. Aprecie o artista, mas também a pessoa por trás dele. Valorize e ame o ser humano como ele é. Bangtan (BTS), Blackpink, EXO, Big Bang, Mamamoo, Twice, entre tantos outros. Lee Dong Wook, Park Seo Joon, Lee Min-ho, Kim Go Eun, Yoo In Na, e tantos outros atores famosos. Eles não são apenas artistas. São filhos, filhas, irmãos, irmãs, tios ou tias, amigos, são profissionais, são empreendedores. São famosos? são. Celebridades? são. Porém, a fama, o dinheiro, os muitos seguidores e fãs, nada disso exclui a identidade humana de cada um deles. Eles são pessoas com direitos, deveres e obrigações como eu e você. São pessoas extraordinárias, maravilhosas? são. Mas é isso, minha gente! São pessoas. Pessoas com qualidades e defeitos também.

Não veja a imagem apenas. Tente enxergar o ser humano por trás dela. Evite comentários desnecessários ou desagradáveis nas redes sociais dos seus artistas favoritos porque fizeram algo que não te agradou. Eles não existem pra te agradar, assim como você não existe para agradar os outros. Se tiver a chance de encontrar qualquer um deles pessoalmente tente se colocar no lugar dessa pessoa e não tome uma atitude precipitada, nem julgue algo do qual você não tem total conhecimento.

Não seja inconveniente. Não seja aquela pessoa que vai aos extremos. Tente enxergar o lado humano de cada um. ❤

Foto: Teddy Yang

NEM SÓ DE LIKES VIVE O SER HUMANO

No início era inveja. Eu tinha inveja de quem sabia escrever bem, se expressar, se comunicar. Meu amigo tinha uma participação num blog que eu lia e eu ficava admirada o quanto ele e os outros escreviam tão bem. A naturalidade do escrever, do uso da linguagem de forma tão inteligente e parecia tão fácil, tão nato pra eles. Eu quis isso pra mim também e foi assim que criei o meu blog.

Não foi por hobby. Foi por inveja, eu admito. Naquela época eu queria ser vista, ouvida, lida. Eu queria aparecer como os outros apareciam. Eu sempre gostei de escrever, mas quando eu vi que minha escrita podia ser lida por outras pessoas e até mesmo por pessoas de outros países, meu ego falou mais alto do que minha paixão pela escrita. Logo, eu me vi tão ávida e presa pelos likes.

Eu gostava de ver a notificação de “fulano(a) curtiu o seu post”, cicrano(a) está te seguindo. Aquilo alimentava meu ego e eu me sentia a escritora, a blogueira, a tal. Quando eu via que outra pessoa escrevia melhor do que eu, usava palavras mais bonitas ou melhor colocadas, tinha um domínio linguístico ainda melhor que o meu, ou se comunicava de forma mais inteligente e conseguia alcançar mais pessoas, logo eu me via pequena de novo.

Foi quando eu parei e fiz uma auto reflexão. Deixei a inveja de lado e voltei a estaca zero. E me perguntei: Por que eu escrevo? Pra quem eu escrevo? O like é realmente importante ou é mais importante a reflexão no final da leitura? Quem é mais importante: a vida daquela pessoa ou o joinha que ela deixa e logo esquece?

Nem só de likes vive um ser humano, não é mesmo? Mas a verdade é que muitas vezes a gente se deixa levar. O ego às vezes fala mais alto do que os valores. Às vezes a gente se encontra numa carência de atenção tão grande que a gente esquece do que realmente é importante.

Não estou dizendo que não é bom ter seguidores, curtidas, nem alcançar pessoas de todo o mundo. Estou dizendo que a gente não deve viver em função dos ícones das redes sociais, nem de superficialidades. A gente deve ter consciência de conteúdo, de vida. O que a gente está levando para o outro? Que tipo de conteúdo eu quero passar? Porque do mesmo jeito que a gente é influenciado, a gente também influencia o outro. E aí está o grande desafio, a arte de comunicar, de transmitir, de fazer a diferença. O desafio é levar um bom conteúdo para o outro. Algo que seja bom, útil, agradável, divertido ou que leve o outro a repensar ou até mesmo a pensar.

O fulano muitas vezes só dá o like pela imagem. Às vezes nem leu o conteúdo. As pessoas são mais atraídas pela capa do que pelo conteúdo. A notificação do joinha, do coraçãozinho, do balãozinho, do novo seguidor é bom? É bom, mas não é tudo. Melhor do que isso é quando alguém lê meus textos e se identifica e repensa a vida. Melhor ainda é saber que o meu post alegrou o coração de alguém ou serviu de conforto ou consolo.

No início criei muitas redes sociais por inveja, esse blog foi uma delas. Eu queria aparecer. Hoje eu quero aprender a aprender.

Não é mais inveja, mas também não é um hobby. É uma necessidade de ouvir e ser ouvida, ou melhor, lida. Uma necessidade de ensinar e de aprender. É se comunicar de forma simples e fácil de ser compreendida.

O ser humano não precisa de likes pra viver. Ele precisa de amar e ser amado. Ele precisa de comunicação, interação, de socialização.

Mais do que o like (gostar, curtir) é o live (viver). ❤

Foto: Cristian Dina

A PROCURA SÓ EXISTE QUANDO HÁ INTERESSE

Quem nunca ouviu ou disse essa mesma frase várias vezes?

“Fulano só me procura quando quer alguma coisa.”

De fato, a maioria das pessoas nos procuram com segundas, terceiras e demais intenções. Mas nós fazemos o mesmo.

Todo mundo quer algo em troca. Todos querem um tipo recompensa. Somos humanos e precisamos dessas trocas, dessa dinâmica de interesse, de aproximação. É justamente delas que vem nossas conquistas sejam elas quais forem.

Todo relacionamento demanda algum tipo de troca. E não existe absolutamente nada nessa vida que não tenha um preço e uma consequência que vão sempre de acordo com nossas ações e reações.

Não acredita em mim? Veja por si mesmo.

Por que você se aproxima das pessoas? Qual o motivo por trás das suas ações?

Elas não são do nada. Até a caridade tem algum tipo motivação.

Eu acreditava que o problema era o interesse. A pessoa te procurar por isso ou aquilo outro. O verdadeiro problema não é o interesse e sim a motivação dele.

Por exemplo, alguém que te procura porque está carente. Ela não te procurou porque sente sua falta ou gosta da sua companhia, da sua conversa, das suas ideias. Ela te procurou porque está carente (não suporta ficar sozinha) e quando a carência dela for sanada, você não significará nada. A pessoa apenas te usou para preencher o vazio dela naquele momento seja de uma forma física ou emocional.

Outro exemplo, é quando alguém vem ao seu salão de última hora. Alguém que vem uma vez ou outra, mas em todas elas sempre quando ela não acha outro lugar disponível. Ela não procurou pela qualidade do serviço nem porque gosta do seu atendimento e sim porque não encontrou outro lugar e você foi a opção que restou. Você foi a última pessoa a ser lembrada e escolhida. Foi a última opção.

É, eu sei. Dá raiva mesmo. E muita.

E é por isso que estamos adoecendo. Por só pensar e enxergar como os outros nos usam.

Nós também já fizemos ou ainda fazemos o mesmo.

Não é o interesse que está errado e sim a motivação.

Qual a sua motivação?

Por que você faz o que faz?

Por que procura aquela pessoa?

Por que são amigos?

Por que você estuda? Por que trabalha? Por que atura quem você não suporta?

Por que visita esse lugar?

Por que vê essa gente?

Por que fica perto dessas pessoas?

Por que vai a igreja ou por que não vai?

Por que fez ou não fez isso ou aquilo?

Questionar nossos pensamentos, atitudes, emoções e reações. Questionar a gente mesmo antes de questionar o outro.

Se preocupar mais com a nossa vida, nossas ações, antes de querer opinar sobre a vida e as ações dos outros.

A gente deveria fazer bem o uso dos porquês não apenas na matéria de português, mas na vida. Pois são essas perguntas que nos aproximam mais da realidade e da verdade sobre nós mesmos. E a partir disso podemos corrigir ou ajustar nossa motivação. Também aprendemos a nos valorizar mais como pessoas e como profissionais, logo, aprendemos a deixar de ser o “quebra-galho”, “o último recurso” ou qualquer coisa que nos faça parecer desqualificados.

Qual a motivação por trás do seu interesse?

GENTE FERRO-VELHO

Não consigo entender como alguém pode fazer parte de uma rede social e não haver nenhuma forma de relacionamento mínima que seja. Não curte, não comenta, não conversa, não segue, não parabeniza, visualiza e não responde… Está lá pra quê? Por que manter um contato só por manter? Pra dizer que tem muitos “amigos”? Ah, já sei! Pra quando PRECISAR sabe onde encontrar, é isso?
O título seria GENTE ENFEITE. Está nas redes sociais só pra enfeitar, mas a verdade é que até um enfeite tem sua utilidade, sua função. Ele serve pra embelezar um ambiente, dar uma repaginada no local e tem muita gente que não embeleza nada, não faz nenhuma diferença, logo, não tem uma utilidade ou melhor, uma função.
Então, mudei o título para GENTE FERRO-VELHO por ser mais apropriado. Gente que está ali e parece nem estar. O tempo passa e ela continua lá, apenas envelhecendo, enferrujando.
Escolhe se tornar um seguidor, um amigo nas redes sociais pra quê? Pra saber da vida dos outros sem precisar perguntar diretamente? Pra falar que mantém contato?
Está aí pra quê?
A verdade é que a gente gosta de ferro-velho e é por isso que a gente mantém o máximo número de coisas e pessoas perto de nós mesmo não fazendo mais sentido, mesmo não fazendo mais parte da nossa vida. A gente não descarta no definitivo. A gente só deixa num canto pra lá, pra longe (mas não tão longe). A gente só deixa que se acumule e se desgaste.
Mantém aquelas pessoas nas redes sociais, mas não curte nada, não comenta nada, não vê perfil, não entra em contato, não manda um Oi, não segue, não parabeniza, visualiza e não responde…
Espionagem? Ah, por favor! Se for um espião eu espero que seja no mínimo como James Bond, do contrário não faz nem sentido, até por que não há nada pra se espiar da vida de pessoas comuns.
Saudade? Se sente saudade ou a falta de alguém, apenas converse, entre em contato ao invés de ser indiferente.
Que sentido faz manter mesmo que virtualmente quem que seja nas suas redes sociais? Aumentar o número de “amigos”? Não são todos seus amigos. Ninguém no mundo tem mais amigos do que se possa contar nos dedos. O que se tem de fato são conhecidos. Pessoas que a gente vai conhecendo ao longo da vida (na escola, na faculdade, no trabalho, numa festa, na igreja, em um evento, etc).
Eu realmente gosto das pessoas virtuais das minhas redes sociais, sei que nem todas fazem parte do meu ciclo de amizade e não espero que façam, mas outras são mesmo meus amigos e amigas. São pessoas que me interessam não apenas por que as conheço de algum lugar, mas por que quero conhecer mais sobre elas e não julgar um livro pela capa. Elas são importantes não pra aumentar o número de pessoas conhecidas, mas pra aumentar o nível social, a visão de mundo, pra somar e multiplicar conhecimentos. Então, não as trato como FERRO-VELHO. Não as trato como algo irrelevante. Não as trato como algo a ser deixado/mantido ali por falta de um local apropriado para um descarte definitivo.
Alguns preferem ficar como fantasmas. Outros acham que é enfeite pra ficar pendurado por aí. E ainda tem aqueles que só acumulam, acumulam, e acumulam com medo de perder alguma coisa pelo caminho.
Pessoas também passam por processo de reciclagem. Se você não vê sentido fazer parte da vida de alguém de alguma forma (direta ou indiretamente), não se deixe desgastar por isso. Apenas não faça mais parte e siga seu próprio caminho.
SABE QUAL O MAIOR PROBLEMA DO FERRO-VELHO? Não é por ser desagradável aos olhos, mas sim por ser um risco à vida.
FERRO-VELHO ATRAI TODO TIPO DE INFORTÚNIO.
Se precisa reciclar, recicle.
Se vai apenas acumular ao invés de ser útil pra você, apenas dê um fim apropriado.
Mantenha apenas o que e quem é necessário, é importante, tenha significado e faz diferença na sua vida.
Você não precisa de acúmulos na sua vida. Você precisa de um detox na sua vida, uma faxina em tudo pra se tornar uma pessoa saudável e feliz.
NÃO MANTENHA O FERRO-VELHO NA SUA VIDA.
Aprenda a separar o que é lixo, o que é reciclável.
Aprenda a separar o que pode ser doado, o que pode ser vendido.
Aprenda a separar o que pode ser descartado e o que não pode da sua vida.
Às vezes a causa de uma doença é mais por nossa própria negligência do que um fator desconhecido. A gente conhece a causa, mas ao invés de cortar o mal pela raiz, a gente prefere apenas um tratamento paliativo.

Se quiser ser feliz não seja um “ferro-velho” na vida dos outros, nem mantenha ferro-velho na sua própria vida. ❤

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Foto: Pamela Marie

MEDO

Embora eu diga para todos que sou uma pessoa muito medrosa, poucas foram as vezes em que senti medo de verdade. Aquele que gela, que causa “arrepio na espinha”.

Eu já vi uma arma de perto, já toquei numa arma e isso nunca me causou medo, talvez porque a pessoa que a carregava não me oferecia risco algum. Sei muito bem como é o barulho de um tiro e mesmo assim não sinto medo, talvez porque o barulho está sempre longe, porque os disparos não são pra mim ou porque nunca presenciei um tiroteio (e espero nunca presenciar).

Um dia dentro do ônibus um rapaz mostrou a arma em sua cintura para uma garota e ele tomou o celular dela. Ele estava bem na minha frente, roubando aquela garota que não pode fazer nada a não ser sentir medo. Por fora eu parecia calmaria, mas por dentro eu estava em pânico. O “arrepio na espinha” veio quando ele entrou no ônibus. Era como se eu soubesse o que estava prestes a acontecer e quando aconteceu eu estava em pânico por dentro, mas ao mesmo tempo agradecida a Deus por ter sido só o celular roubado e não uma vida.

Um dia dentro de uma escola um rapaz entrou armado e estava procurando alguém. Ainda penso: que bom que ele não encontrou quem estava procurando. Poderia ser pior.
Por fora eu parecia calmaria, mas por dentro eu estava aterrorizada e só pensava nas crianças ao redor.
Eu sei qual é o propósito de uma arma seja ela qual for, mas não sei qual é o propósito de quem a empunha.

Existe uma linha tênue entre defesa e ataque e qualquer coisa entre eles é o medo.
O medo que nos faz gelar, que silencia, que prende, que rouba, que afronta, que mata.
O último, mas não menos importante, foi quando li um artigo sobre uma artista plástica que passou horas e horas exposta diante de um público e disse que eles podiam fazer o que quisessem com ela durante aquele projeto (trabalho). Havia objetos de prazer e outros de destruição na mesa ao lado e ela permitiu que eles usassem os objetos nela como bem quisessem. E quando acabou ela chorou, porque percebeu a natureza do ser humano. Todos no início estavam tímidos, alguns fizeram cocegas, outros a decoraram com flores, até que a situação se agravou. Ela foi agredida de todas as formas possíveis. E no final os participantes apenas a ignoraram como se nada tivesse acontecido.

Este trabalho artístico provou a rapidez com que a violência contra os outros se intensifica quando as circunstâncias são favoráveis para os seus praticantes.
“Esse trabalho revela algo terrível sobre a humanidade. Isso mostra o quão rápido uma pessoa pode ferir em circunstâncias favoráveis. Mostra como é fácil desumanizar uma pessoa que não luta, que não se defende. Ele mostra que, se você fornecer o cenário, a maioria das pessoas aparentemente “normais” pode se tornar verdadeiramente violenta”.

A gente acha que o outro é ruim porque não colocamos uma lupa em nós mesmos. Somos humanos e a nossa natureza é corrompida, o que nos torna imperfeitos. Isso é um fato. Todos os dias escolhemos entre a bondade e a maldade (ambas em seu maior ou menor grau). Não somos nem bons e nem maus o tempo todo. É tudo uma questão de escolha.

O “arrepio na espinha” veio quando eu percebi que como ser humano falha que sou também posso cometer um ato violento. E isso me causou um medo terrível. O mais profundo e inquietante medo. O medo de mim mesma.

Hoje eu entendo melhor a frase: Orai e vigiai. A oração eleva a alma e a vigilância é pra impedir que façamos as escolhas erradas.
Nada é tão perturbador quanto a violência seja ela qual for.

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QUANTO VOCÊ É PAGO PARA DESISTIR DOS TEUS SONHOS?

Eu raramente falo dos meus verdadeiros sonhos com as pessoas. Por que? Pelo óbvio, elas sempre riem, debocham, acham ridículos ou impossíveis. Aos 15 anos um amigo me perguntou: Paloma, qual é o seu maior sonho? E quando eu disse o que era ele e minha mãe riram. Era um sonho tão pequeno pra eles, mas pra mim era o maior e o melhor sonho que eu tinha desde que me entendia por gente, aliás era o único que eu tinha.

Recentemente falei de um novo sonho para uma pessoa que eu conheço há um tempo e sabe o que ela fez? O óbvio…ela riu. Disse que eu estava louca por querer algo assim. Eu não sei quais são os seus sonhos, talvez assim como eu, você já tenha desanimado de contar até mesmo para os mais próximos. As pessoas são assim mesmo. Falam do sonhar, do lutar, do seguir em frente e do ir além, mas quando estamos prestes a levantar voo, elas nos derrubam com suas “críticas construtivas”, com suas “correntes” disfarçadas de opinião sincera e humilde.
Quanto te pagam pra desistir dos teus sonhos? Uma migalha por dia? Ou quem sabe um “estou na torcida por você” (quando na verdade não está)…ah, é! Eles estão poupando a sua dor de fracassar, né? Mentira! A única coisa que eles estão poupando é a energia deles em te ajudar, em te animar, em te encorajar. Porque eles já venderam os sonhos deles e tudo o que restou foi a frustração (que é muito pior que o fracasso). Se abandonaram e querem que você faça o mesmo.

Quanto você é pago pra desistir do teu sonho? Um salário mínimo? Um pouco menos ou um pouco mais que isso? Faz hora extra pra isso? O que você recebe por dia ao dizer não para esse teu sonho aí?

Muitos vão rir dos teus sonhos porque aos olhos dos outros sempre vão parecer pequenos, sem graça, sem importância. Nem todo mundo que está ao lado, está realmente do nosso lado. Você tem que despertar a consciência de si mesmo, dos teus sonhos, do que você quer, dos resultados que deseja, e das atitudes que precisa ter para alcançar o que quer. Sabe qual é o preço da sua desistência? A frustração. E muitos males vem dela. A inveja, a depressão, a opressão, a mentira, são só alguns dos males associados a ela.
Então deixe que riam dos teus sonhos, deixe que falem ou pensem o que quiserem, eles não definem o seu futuro você sim. Não é fácil insistir, não é fácil realizar o sonho, as metas de vida, os prazos e acontece da gente errar muitas e muitas vezes até acertar, até chegar lá (seja qual for esse lá). Só não fracassa quem não tenta algo novo. O sucesso é a soma das pequenas coisas bem feitas ao longo do caminho. Todos querem ser bem sucedidos em tudo, em todas as áreas da vida, mas poucos querem pagar o preço.
Mais importante que velocidade é a direção. Não adianta nada você ser rápido se não souber para onde vai.
Mais importante que o dinheiro é o conhecimento. Não adianta ter dinheiro e não saber como usar, onde investir, o que fazer com ele. O dinheiro é apenas um recurso que se bem utilizado gera muitos benefícios e experiências incríveis, mas se mal administrado leva a ruína.
Quais são os teus sonhos? Como você se sente quando pensa neles?
O que limita você a conquistar esses sonhos?
Não importa o tamanho dos teus sonhos. Pequenos ou grandes, eles são seus, então não deixe que tirem de você a fonte da sua motivação. E quando você realizar seu sonho não ria daqueles que não conseguiram, ajude-os a realizar o deles.
Mais importante que a riqueza, que a grandeza é a humildade, o altruísmo. Não adianta ser rico financeiramente, ser grande intelectualmente e ser miserável em sua essência, em seu espírito.

Não adianta o TER sem o SER primeiro.
Quanto vale o teu sonho? Ele é importante pra você? Então não o venda por migalhas. Não desista! Transforme o teu sonho em realidade!

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Foto: rawpixel