EU QUERIA SER OUTRA PESSOA

Você já quis ser outra pessoa? Já se viu ou se sentiu inferior? Eu já.

Recentemente fui ao banco e na fila acabei vendo uma pessoa que estudou comigo no ensino médio. Eu a reconheci de cara. Ela não me viu e se viu não me reconheceu e dei graças a Deus por isso.

Ela estava tão bonita e bem. Continuava linda, brilhante e alegre.

Quis cumprimentar, é claro! Mas, ao mesmo tempo pensei que não deveria. Ela poderia me fazer (e certamente faria) as mesmas perguntas que todos fazem. “Como você está?”, “Está trabalhando ou tá fazendo o que da vida?”, “Já casou?”. Essas e outras perguntas que geralmente as pessoas fazem.

Confesso que ao ver a Amália me senti como no ensino médio… pequena e sem valor algum.

Na verdade, é assim que me vejo e me sinto há muito tempo.

“Você está bem?”, eu digo que sim, mas não estou. Tenho 34 anos e ainda não cresci (amadureci). Não tenho uma carreira. Tenho diversos diplomas, mas nada além. Não falo outros idiomas e mal consigo consigo o meu nativo. Atualmente estou desempregada.

As pessoas da minha idade tem muitas coisas ou já fizeram muitas coisas e eu as invejo. Estão construindo seu futuro, enquanto eu me vejo sem nenhum. Eu queria ser outra pessoa, porque qualquer pessoa parece ser melhor que eu.

Como pode existir uma pessoa tão jovem sem nenhuma expectativa, sonhos ou sequer um futuro? A vida tem passado diante dos meus olhos e tudo que eu tenho feito é sentir inveja da vida de outras pessoas.

Por fora eu pareço estar bem. Diferente daquela época, hoje eu consigo fazer uma maquiagem, usar roupas que me fazem parecer melhor e mais bonita. Sei ficar bonita. Mas, é só uma casca. E a essência? E aquele brilho que vem de dentro? Isso eu não tenho.

Eu já quis reencontrar os colegas de escola tanto do ensino fundamental quanto do médio. Queria que me vissem, pois eu tinha mudado e estava mais bonita que naquela época em que me chamavam de feia, magra e que não se importavam comigo. Queria mostrar que eu mudei. Infantilidade da minha parte, não?

Hoje não quero ver nenhum deles. O que eu teria pra mostrar? Beleza exterior? A minha vai embora ao lavar. Beleza interior? Eu não tenho. Piorei nos últimos anos. Saúde? Não posso nem dizer que sou saudável, porque até doença mental eu desenvolvi. Carreira? Nem emprego eu tenho. Tenho diplomas maravilhosos e não me realizei em nenhuma dessas especializações.

Dizem que a gente tem que ser a nossa melhor versão. Como ser a sua melhor versão se não sabe quem você é? Como ser alguém melhor se não consegue abandonar os hábitos ruins?

A depressão não é a pior coisa que me aconteceu. E na verdade não é a pior coisa do mundo, sabe por que? Porque existe tratamento. Você pode ter depressão e ainda sim ser bem sucedido(a), trabalhar, estudar, fazer mil coisas. Pode continuar vivendo normalmente. A pior coisa que pode acontecer e que me aconteceu foi existir.

Como assim “existir”? Existe diferença entre viver e existir. Existir é a gente viver no modo piloto automático. Acordar, fazer as tarefas, comer e dormir. É viver uma vida sem perspectiva ou expectativa, sonhos ou propósito. Um ser humano assim leva uma vida vazia. Não vive. Apenas existe.

Espero que um dia eu possa escrever que mudei de fato. Que consegui me tornar uma pessoa melhor. Que finalmente me tornei uma versão bela e brilhante de mim mesma. E se você está como eu, espero que um dia (não muito distante de hoje), você seja a sua melhor versão. Que você também deixe de apenas existir e passe a viver e viver uma vida plena e feliz.

Não porque a gente merece, mas porque a gente precisa. ❤

CANTE A SUA CANÇÃO DE GUERRA TODOS OS DIAS

“…Oh, homem de tão pouca fé
Não duvide, não duvide
A vitória está em minhas veias
Eu sei disso, eu sei disso
E não vou negociar
Eu vou lutar contra isso
Eu vou me transformar (eu vou me transformar)

Quando, quando fogo está em meus pés novamente
E os abutres, todos começam a circular (circular)
Eles estão sussurrando (sussurrando)
Você está sem tempo, mas eu ainda me levanto
Isso não é um erro, não é um acidente

Quando você pensa no final
A barreira está aí (a barreira está aí)
Pense novamente (pense novamente)
Não se surpreenda
Eu ainda vou subir.” (Trecho da música Rise – State Of Mine)

A melhor canção de guerra é aquela que se canta dizendo que você vai superar seja lá o que estiver vivendo. É a sua voz interior, o seu eu interno gritando que você só perde a guerra se desistir, se parar de lutar e de continuar seguindo em frente.

Todo mundo passa por lutas das quais a gente nem sequer imagina. Não, não é fácil. Não é fácil ver seus planos e sonhos destruídos. Não é fácil receber um diagnóstico inesperado. Não é fácil lidar com a sua própria mente brincando de “roleta-russa” em meio a depressão e ansiedade. Não é fácil continuar seguindo em frente quando tudo começa a ruir, a se desmoronar e dizer “não tem mais jeito”.

Todos os dias é uma batalha. E muita das vezes mal saímos de uma luta e logo em seguida chega outra pra nos desafiar ainda mais. Dói. Lutar não é fácil, mas desistir não trará nenhuma vitória. Nenhuma conquista seja grande ou pequena se dá ao acaso, a sorte ou predestinação. Todas as nossas conquistas vieram e vem das nossas lutas diárias.

Cante a sua canção de guerra todos os dias e cante ainda mais alto nos dias mais difíceis. Naqueles dias que você não quer levantar da cama ou sair de casa. Nos dias que você está a ponto de desistir recobre sua consciência, fortaleça sua fé e resistência. Avance por mais que doa.

Nossas dores e cicatrizes contam histórias. As marcas que carregamos são sinais que vencemos. Que passamos por algo terrível (para nós) e nos faz lembrar que já superamos. Essa dor é passageira. As lutas vem para nos tornar mais fortes a cada dia.

Não desista de si mesmo! Avance! Cante a sua canção de guerra todos os dias e cante ainda mais alto nos dias mais difíceis. Você pode até cair (e muitas vezes vai), mas vai se levantar mais forte, mais resiliente, mais sábio. Você vai se reerguer. Você vai superar isso que está vivendo. Você vai vencer. Sua maior luta não vai te trazer desonra, vai fazer você dizer: “eu venci, então, você também pode vencer.”

Sua maior luta vai te colocar no lugar mais alto e servirá para ajudar os soldados feridos a se levantarem, a reagirem. Sua vida não é um erro. Você não é um acidente. Você é importante e tem um propósito bem maior do que imagina. Continue lutando! ❤

O AMOR PRECISA SER EQUILIBRADO, CASO CONTRÁRIO, VOCÊ SERÁ APENAS UM LOUCO, DESVAIRADO

“O amor precisa ser equilibrado. Se você gosta mais de uma pessoa do que ela de você. dê-lhe tempo e espaço para que ela o alcance. É importante refrear suas emoções quando seus sentimentos não estiverem em equilíbrio com os dela.” (Trecho do livro As coisas que você só vê quando desacelera – Haemin Sunim)

Eu ainda me lembro de quando tudo começou e como tudo terminou entre nós. E hoje vejo o quão imatura eu fui. Paciência nunca foi meu forte e esse tal de equilíbrio então, nem se fala! Ele sempre tão calmo, frio, e pensando mil vezes antes de agir. Se contendo. Se questionando. Duvidando de si mesmo e dos outros. Sempre com o pé atrás com medo de ferir, com medo de ser ferido. Enquanto eu era a emotiva, a expressiva, a que estava sempre sorrindo e sendo otimista em tudo. Eu era infantil demais e não sabia refrear minhas emoções.

Apesar de ser infantil, um tanto fútil e por vezes irracional naquela época, eu sabia de suas dúvidas, de suas inseguranças, mas só me importava com meus sentimentos. Eu o amava e estava apaixonada também, mas não sabia equilibrar a “balança do relacionamento”. Tudo que eu queria era não ser deixada, mas não olhei para o que ele queria.

É importante dar tempo e espaço para si mesmo e para o outro se organizar em seus pensamentos, e sentimentos. O amor não é uma via única. Ele é uma via de mão dupla. Relacionamento é uma conexão e uma construção, ou seja, leva tempo até chegar a um equilíbrio, a um nível de entendimento melhor e maior. Refrear as nossas emoções quando o outro não está no mesmo nível que nós é fundamental até pra nossa saúde mental. A pressa nos faz pular etapas, nos deixa mais vulneráveis e faz com que a gente se perca no meio do caminho.

Antes de iniciar um relacionamento pense direito. Reveja seus próprios conceitos, as qualidades e os defeitos. Veja se vão caminhar lado a lado ou se um vai acabar indo na frente. O amor não é irracional, mas a gente costuma ser quando é imaturo(a). Deve sempre haver equilíbrio, diálogo, confiança, compreensão, é assim que se constrói um relacionamento saudável.

Não é o amor que sustenta o relacionamento. É a forma de se relacionar que sustenta o amor.

O amor precisa ser equilibrado, caso contrário, você será apenas um louco, desvairado querendo que o outro seja seu eterno paraíso esquecendo de que ele ou ela é tão humano quanto você. Reflita bem sobre si, sobre o outro e sobre o “nós” que estão construindo ou querem construir, pois o relacionamento não é sobre um ou outro e sim sobre ambos. Não se trata de amar demais ou de menos e sim amar na medida certa. ❤

Foto: Peng Louis

MEUS 10 MOTIVOS PARA DIZER NÃO A MATERNIDADE

O “eu” do outro não tem que governar o meu “eu”. Cada um sabe de si. Cada um conhece suas qualidades, seus defeitos, suas falhas, seus próprios fragmentos.

Eu quero um sobrinho ou eu quero um neto (a vontade do outro), mas eu não quero ter um filho (a minha vontade).

Por que você não quer ter filho ou filhos?

1º (Sozinha/solo) – Eu não sou casada. E ainda que eu fosse ou que tivesse o melhor parceiro (namorado/marido) do mundo, ainda assim a maternidade é difícil. E querendo ou não, o maior peso, as maiores cobranças cabem a nós, mulheres, carregar. Mesmo que a gente tenha um homem maravilhoso ao nosso lado, parceiro em tudo de verdade, ainda assim nossa maternidade só cabe a nós e ela é por muitas e muitas vezes difícil.

2º (Preparo) – Eu não estou preparada para a maternidade. Gente, não é só parir! É criar, é educar, é ser o melhor exemplo possível de ser humano pra sua criança. Eu definitivamente não sou esse ser humano. Sou paciente com o filho dos outros e por isso mesmo porque é dos outros e a minha responsabilidade é mínima sobre eles. Quando se trata do próprio filho é diferente. A gente sempre acha que vai agir de tal forma, vai ser diferente, vai ser melhor e no final comete os mesmos erros dos pais. No final, mudou só endereço. A bagunça é a mesma. A loucura, a correria é a mesma.

3º (Sono) – Eu gosto e muito, mais muito mesmo de dormir e ter paz. Depois da maternidade tudo muda. O sono não é o mesmo. A gente dorme menos. Preocupa mais. E o filho pode ser maior de idade, ser casado(a) que será sua maior fonte de preocupação. Eu gosto de não preocupar demasiadamente com nada, com ninguém em particular.

4º (Exigências) – Eles exigem muito. Consultas médicas, fraldas, atenção, leite, cuidados, carinho, etc… Gente! Gastos financeiros, gastos físicos, emocional. Filhos devem ser planejados e ainda assim vão nos surpreender porque a única coisa que segue roteiro é novela.

5º (Impaciência e Insegurança) – Sou uma mulher muito impaciente e me irrito com facilidade. Já pensou eu como mãe que loucura que não ia ser?! Um surto e um susto atrás do outro. Pra ser sincera acho que eu ia chorar quase todo dia no ombro do meu marido e dizer: “Bem, olha o que eu fiz! Não sou uma boa mãe, não! Eu queria ter feito isso ou dito isso, mas me irritei e fiz tudo errado. Perdi a paciência! Que tipo de mãe eu sou?” E assim, sem querer ia me cobrar cada vez mais.

6º (Responsabilidade) – É uma responsabilidade para uma vida inteira. Quem pensa direito a respeito de filhos, demora a tê-los ou optam por não ter. Gente, não é por maldade! Quem escolhe não ter filhos não são pessoas ruins. São pessoas que conhecem as próprias limitações e acreditam que não estão aptas a tê-los. Elas podem adorar crianças e ainda assim não querer ter filhos e não tem nada de errado nisso.

7º (Genética) – Filho é 50% dos genes do pai e 50% dos genes da mãe. Sabendo que genética é algo sério e relevante na formação de um novo ser, determinando boa parte de suas características físicas, emocionais, intelectuais e até psicológicas, eu não gostaria de ter um filho com qualquer um. Você gostaria? Que tipo de pai ou mãe você quer para o seu filho? Isso é importante sim.

8º (Ensinamento e Criação) – Não acho justo apenas ter um filho ou colocar uma criança no mundo só pelo status de mãe. Ter um filho vai muito além de parir a criança. É ensinar, é corrigir da forma certa, é brincar e brincar bastante, é permitir o diálogo de igual pra igual, é desafio constante, é joelho no chão, é curtir cada fase e não apenas registrar as “selfies” nas redes sociais.

9º (Medo) – Tenho medo. Medo de não ser a mãe que gostaria de ser. Medo de não me tornar uma pessoa melhor depois que meu filho nascer. Medo de me tornar só mãe e esquecer que também sou mulher, sou esposa, sou filha, sou amiga, sou profissional e que assim como minha criança precisa de atenção, de cuidados, eu também preciso porque não deixei de ser um ser humano e vivo ao me tornar mãe. Ser mãe é uma parte da vida de uma mulher, mas não é toda ela. Porém, muitas mulheres se esquecem disso e vivem só em função da maternidade.

10º (O dia que a gente pensa que nunca vai chegar) – Tudo que nasce, tudo que tem vida, um dia morre. E definitivamente eu não estou preparada para a morte de um filho. Você está?

Claro que ninguém pensa nisso ao engravidar! Na verdade, ninguém pensa que a morte pode chegar. Não é por isso que cometemos tantos erros achando que somos eternos? Não é por isso que vivemos tão levianamente a própria e única vida que temos?

Eu não estaria preparada porque a meu ver eu não viveria tão plenamente, nunca mais.

Por que você não quer ser mãe? Porque não me encaixo no perfil. Não sou qualificada e nem estou preparada para a maternidade. Simples assim!

EU ACEITO

Ainda me lembro da minha última conversa com o pediatra. Lembro que aos 12 anos fui ao consultório dele e disse: Tio Márcio, tem algo errado comigo! Minhas colegas já têm um corpo formado. Elas têm curvas e eu pareço que nunca vou desenvolver. Sou uma “tábua”. Ele com sua sabedoria, experiência e com um sorriso me disse: Não tenha pressa! Todo mundo tem seu tempo. E no seu devido tempo você vai desenvolver. Não se preocupe com isso, Palominha!

Eu era magra demais. Pequena demais.

Não tinha nada em mim que eu gostava. Eu me rejeitava da cabeça aos pés.

Eu não me olhava no espelho por mais de 1 minuto. Me achava feia.

As pessoas vivem dizendo pra gente se amar. Vivem falando sobre aceitação do próprio corpo, mas acontece que isso deveria ser trabalhado na infância. Porque é na infância que nossas crenças são formadas e elas determinam quem a gente vai ser. Elas são nossa base, a estrutura interna do nosso eu. É muito difícil se amar e se aceitar quando nos tornamos adultos. É trabalhoso. A gente leva mais tempo do que se fosse trabalhado essa questão logo na infância. Porque o adulto tem muitas feridas, muitas marcas. Algumas estão bem enraizadas.

Minha infância não foi ruim, mas tive minha autoestima ferida muitas e muitas vezes a ponto de realmente me odiar de todas as formas possíveis.

Eu pensava: Se eu me tornar como minhas colegas, se eu crescer mais um pouco e tiver curvas, as pessoas vão me elogiar mais? Vão me reconhecer como um ser humano que também tem sentimentos? Elas vão parar de criticar tanto minha aparência? Elas vão me amar? Me aceitar?

Coisas de fase, né? Pensamentos infantis e carregados de insegurança.

Meu pediatra estava certo. No meu próprio tempo eu desenvolvi. Ganhei curvas e diversos olhares. E confesso que de alguns tipos senti nojo. E outras vezes senti culpa.

Acontece que as críticas não pararam só porque eu cresci. Não importa o que a gente faça ou se torne, haverá sempre alguém pra dizer que você não é suficiente. Não é bom o bastante. Sempre tem aqueles comentários pra te colocar pra baixo e eu costumava aceitá-los por achar que eram verdades sobre mim mesma. Até que um dia eu me olhei no espelho e disse: Quem é você? E eu não soube responder. Onde foi que eu me perdi? Por que eu estou deixando as pessoas me dizerem quem eu sou ou não sou? Por que eu estou fazendo isso comigo?

Foi quando eu disse pra mim mesma que queria uma mudança. Não na aparência, mas na minha forma de pensar. Eu sabia que a visão que eu tinha de mim mesma era distorcida. Eu me via sob a lupa, sob o olhar dos outros a meu respeito. E isso minha gente, é perigoso! A gente muitas vezes pratica a autossabotagem por estarmos sob domínio ou a crença do outro.

Hoje eu me vejo diferente. E sei que mudei tanto por dentro quanto por fora.

Me amo 100%? É claro que não. Tem dias que preciso me olhar e dizer não se sabote. Você é linda sim.

A autoestima saudável é um exercício diário. Você precisa manter o bom hábito pra não se prejudicar, não se sabotar.

Não acontece da noite pro dia e você não fica pleno(a) eternamente. São os altos e baixos da vida, né bem?!

Se eu me aceito como sou? Eu ainda estou no processo de descobrir quem eu sou. Ainda não sei responder aquela pergunta, mas sei que aceito me olhar por mais tempo no espelho. Aceito sair na rua, ir pro trabalho ou até mesmo num encontro de cara lavada e de moletom e não me sentir mal por isso. Aceito tirar o sapato desconfortável e andar descalça se for preciso e isso não me preocupa. Aceito as curvas que hoje tenho e se alguém olhar pra elas de forma indigna a culpa não é minha. O problema está no olhar maldoso e não na obra que Deus criou.

Aceito que não sou obrigada a agradar ninguém. Aceito os elogios e as críticas, mas nenhum deles me prendem mais. Aceito meus cabelos brancos. Aceito que não sou perfeita. Aceito que nem sempre eu ganho minhas batalhas. Aceito que não preciso competir e nem quero. É cansativo demais se provar pro outro o tempo todo.

Não me preocupo mais com o que as pessoas pensam a meu respeito por que elas nem sabem quem eu sou de verdade e não tem a menor ideia das lutas internas e externas que vivi e que ainda vivo.

Eu não posso mudar a forma como você me vê e nem cabe a mim isso, mas posso mudar a forma como eu me vejo e isso é inovador e renovador.

Não quero ser como as minhas colegas (elas também não se amavam só viviam de aparência). Quero ser eu. Apesar da bagunça que eu sou, eu ainda sou bela, sou forte, sou humana, sou uma obra completa só não sou perfeita e está tudo bem. O importante mesmo é o processo. É o aprendizado. É o aperfeiçoamento.

Qual é a parte de mim que mais gosto? Depois do cérebro, sem dúvida é o olhar e a curva mais bonita do meu corpo… O sorriso, é claro! =D