PECADO REINCIDENTE

Sabe qual a diferente entre remorso e arrependimento? Remorso é quando a gente erra e se sente mal, mas logo em seguida cometemos o mesmo erro, ou seja, a gente volta a mesma sujeira de antes. Arrependimento não é choro. É reconhecer o erro e mudar a ponto de não errar mais, ou seja, é quando a gente se liberta do ciclo vicioso do pecado.

Você já se pegou cometendo o mesmo erro? Disse que seria a última vez e depois de algum tempo caiu no mesmo erro? Eu já. E é horrível. A gente se sente frustrado, impotente e parece que nunca vamos conseguir mudar. Parece que estamos fadados a fracassar até mesmo no mínimo que se pode fazer.

Isso é apenas uma mentira que sua própria mente te conta pra te sabotar. Você consegue mudar. Você consegue se libertar do pecado, dos vícios e de tudo aquilo que não faz bem a você. Claro que algumas vezes você não vai conseguir isso sozinho. Não tenha medo nem se envergonhe de pedir ajuda. Quebre o ciclo vicioso que está vivendo!

Sabe o que acontece quando silenciamos nossos pecados? É quando tudo fica pior. 24 “Quando um espírito imundo sai de um homem, passa por lugares áridos procurando descanso, e, não o encontrando, diz: ‘Voltarei para a casa de onde saí’. 25 Quando chega, encontra a casa varrida e em ordem. 26 Então vai e traz outros sete espíritos piores do que ele, e entrando passam a viver ali. E o estado final daquele homem torna-se pior do que o primeiro”. (Lucas 11.24-26)

É exatamente isso que o remorso faz com a gente. Porque não houve mudança verdadeira e nem arrependimento sincero, damos legalidade para o mal habitar em nós. E o último estado torna-se pior do que o primeiro. Nosso primeiro estado é o de ignorância. Quando não sabemos ao certo o que fazer, mas o último é o de negligência. É quando a gente simplesmente fecha nossos olhos para o que está errado em nós. A gente sabe o que deve fazer, o que deve evitar, mas a gente continua indo de encontro ao pecado.

Sei que não é fácil se libertar. Eu mesma tenho lutado há 10 anos contra algo silencioso em mim e que tem me matado pouco a pouco. Mas eu decidi que não será mais assim e que vou vencer o mal que habita em mim. “Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum.” (Mateus 17.21)

Não se dê por vencido por mais difícil que seja a sua luta. Você consegue e não está sozinho. Deus é o maior interessado em nos ver libertos dos nossos erros e pecados (até os menores ou insignificantes aos nossos olhos).

Deus nos chamou para sermos livres. Então, vamos ser livres, em nome de Jesus!

“Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” (João 8.36) ❤

MUDAR OU SE REVELAR

Pra você as pessoas mudam ou apenas se revelam com o tempo?

Pra mim essa pergunta é o mesmo que perguntar se alguém nasce com a psicopatia ou se torna psicopata. E eu considero as duas possibilidades. Pra mim a pessoa pode nascer ou se tornar assim. Como também uma pessoa pode mudar ao longo dos anos ou apenas se revelar.

Há muitos acontecimentos na vida humana desde sua concepção até o fim de sua vida que vão somando e moldando os traços de seu caráter, sua personalidade e deixando uma marca significativa na sua alma. Formando assim sua identidade.

Não é só genética. Existem diversos fatores, inclusive o próprio ambiente, que são como um estopim para o caos acontecer. A criança que vive num ambiente desestruturado, sem correção pelos atos errados, sem receber o carinho, a atenção dos pais (da família), que cresce vendo e vivendo a violência de todas as formas, essa criança tem a maior probabilidade de se tornar um adulto apático e violento se não houver uma intervenção adequada na sua infância. Em geral, crianças costumam repetir o que veem e refletir o que vivem. Se elas não são devidamente ensinadas e corrigidas quando é necessário, elas não aprendem a discernir o que é certo e o que é errado.

Quando eu vejo alguém fazendo o bem, fazendo o que é bom eu não acredito que seja uma boa pessoa pura e simplesmente. Porque eu não acredito que nós possamos ser 100% bons ou 100% maus o tempo todo. Existe predisposição, tendência, disciplina e reeducação. Eu acredito que ela aprendeu a discernir o que é certo e o que é errado e escolheu fazer a coisa certa, a atitude que valorize o respeito e a vida. Ela aprendeu e desenvolveu a empatia.

Mas e aí, as pessoas mudam ou apenas se revelam? As duas coisas.

Uma pessoa pode se revelar porque cansou de tentar ou querer agradar todo mundo ou porque quer mostrar quem de fato ela é. Mas também pode mudar. Pessoas, o ambiente, o próprio tempo e outros fatores podem e vão influenciar qualquer ser humano. É natural que transformações aconteçam. Mudanças levam tempo, gastam energia, partem do princípio da pessoa querer dar o primeiro passo rumo à mudança que ela deseja.

A mente humana é tão complexa que existe algo chamado de reprogramação mental, ou seja, você pode reprogramar seu cérebro, sua própria mente. Quando se quer abandonar um vício, quando quer perder o medo de algo, quando quer avançar profissionalmente, quando quer se tornar uma pessoa melhor. O ser humano é tão único que ele tem o poder de escolha. Nós somos os únicos seres com a capacidade de escolher racionalmente, conscientemente o que queremos (ser, fazer, viver, acreditar, etc). O ser humano é o único que pode escolher ser excepcionalmente bom ou mau. Pode escolher fazer o bem ou mal.

Claro, há casos e casos! Mas dizer que “Eu nasci assim e vou morrer assim” ou “Pau que nasce torto nunca se endireita” é de certa forma ilógico porque mudanças vão acontecer não apenas com você, mas na sociedade em que vive. É como se você tivesse a oportunidade de se “transformar em diamante”, mas constantemente preferisse ficar na sua “forma de carbono”. E uma pessoa pode se endireitar se tiver uma intervenção adequada. Não é uma tarefa fácil, mas não é algo impossível. Em casos mais agravantes aí cabem outras medidas, mas em geral, todo ser humano é passível de mudanças. Passado, presente e futuro são tempos diferentes, mas não deixam de ser tempo. Assim como quem você era, quem você é e quem você será são formas diferentes, mas você não deixa de ser você. É uma lapidação ao longo dos anos. É uma transformação em busca da própria identidade.