Soa um tanto quanto patético o título desse texto, mas a verdade é essa mesmo. Eu minto.
Minto quando alguém me pergunta: Está tudo bem? Não. Nem sempre eu estou bem, mas para não incomodar, nem ser incomodada, eu digo: Sim, eu estou bem. Às vezes com um leve sorriso para encobrir.
Hoje eu não estou bem. Acordei me sentindo estranha. Deve ser a tal da ansiedade batendo a porta, mas eu disse que está tudo bem. Acontece que chorei durante a tarde e orei mais uma vez clamando a Deus para que tudo isso passasse.
Parece uma montanha russa interminável. Um misto de emoções que fogem do meu controle. E isso me deixa frustrada.
Já fiz meditação, yoga, pilates, cortei os excessos e ainda sim a vida saudável parece ser algo inatingível para mim.
Cansei de por a máscara do “tá tudo bem”. Ela é pesada e incômoda. Quando a retiro e me olho no espelho quase não me reconheço.
Não adianta parecer zen por fora e por dentro estar um verdadeiro caos. Não adianta usar máscaras, pois um dia elas caem e tudo que vai restar é um rosto apático e olhar vazio.
Tudo bem não estar bem. Faz parte da vida. Passar mal, sentir mal, é algo que pode acontecer com qualquer ser humano. Nem sempre a gente consegue ganhar. O importante mesmo é não desistir. É preciso continuar. É preciso lutar.
“Se não puder voar, corra. Se não puder correr, ande. Se não puder andar, rasteje, mas continue em frente de qualquer jeito”. Martin Luther King