A VIDA AINDA VALE A PENA

Você pretende trabalhar amanhã? – Sim. Se Deus assim permitir!

Quando o amanhã chega a pretensão de levantar e reagir da lugar ao cansaço, ao “ah nem! Eu não quero ir.”

Não é só Deus permitir. Ele tem permitido. Ele tem me abençoado mais, muito mais do que mereço. Sou eu que estagnei. Sou eu que escolhi permanecer inerte.

Não basta apenas “colocar um cropped e reagir”. Quem dera se fosse tão simples. Tão fácil.

É preciso encontrar sentido na vida. Um propósito. Um porquê do estar aqui.

O levantar e ir trabalhar tem sido difícil. Um estresse além do normal. Pela primeira vez me sinto desmotivada e sem qualquer utilidade na vida.

Todos estão evoluindo enquanto eu estou regredindo. Não é que eu não queira trabalhar. Não é que eu não queira reagir. Eu só não tenho encontrado mais razão para fazer o que devo.

Não tenho mais paixão pelo que faço. Não consigo encontrar motivos pra levantar e fazer qualquer coisa por mais simples e fácil que seja.

Sei que isso é apenas minha mente tentando me sabotar. Sei que essa não é minha verdadeira essência. Essa não é quem eu sou.

Preciso romper o casulo para libertar a borboleta linda que existe em mim.

Preciso traçar um novo caminho. Não preciso desistir só porque em algum momento eu me perdi. Preciso de uma pausa. Um pequeno descanso pra reorganizar meus pensamentos e seguir adiante. A gente sempre pode recalcular a rota até chegar no destino desejado.

Apesar de ter perdido a paixão, eu ainda amo o meu trabalho. Eu ainda amo a minha família, meus amigos, minha vida. Eu ainda quero encontrar novos motivos, novas razões pra viver e fazer o que eu devo fazer.

Eu quero apreciar a vida. Apesar de todas as dificuldades que possamos viver, apesar de todos os desafios que encontramos ao longo da jornada, a vida ainda é preciosa. Ela ainda é bela. E se torna ainda mais bela quando compartilhada.

É preciso ressignificar para entender que a vida ainda vale a pena. Então não vamos desperdiça-la! ❤

É FÁCIL ESQUECER

O tic tac do relógio nos enlouquece. Ele nos faz lembrar que o tempo está passando, que os prazos precisam ser cumpridos, que a rotina tem que ser seguida. Ele nos faz lembrar que é preciso correr, mas pra onde mesmo estamos correndo?

Às vezes esqueço como é bom parar um pouco e respirar bem fundo antes de seguir em frente. Meditar mesmo que por cinco minutos antes de voltar para correria do dia a dia.

Ninguém para no meio do caminho para apreciar as cores ou as flores. Estamos tão acostumados a correr, a viver sob pressão, ao agito, ao caos, a agenda apertada, as dores de cabeças e a levar uma vida mediana que não percebemos a própria vida acontecendo, fluindo a nossa volta.

A criação é fantástica até mesmo na sua simplicidade e toda a majestade do Criador está refletida em tudo nos seus mínimos detalhes, não há como negar. Às vezes esqueço de olhar para o céu e agradecer.

Nossa pressa em conseguir as coisas urgentemente, em superar as metas uns dos outros parece ser maior do que a velocidade da luz. Não é mais a luz ou o som que nos atravessam, somos nós quem os atravessamos com a nossa pressa, ansiedade e intensa insatisfação.

É fácil esquecer do que realmente importa e sucumbir ao aprisionamento das próprias vaidades.

Queremos a liberdade, mas nós mesmos nos prendemos. Nos acorrentamos ou enjaulamos por medo do desconhecido. Queremos voar, mas tememos a queda. E quando temos coragem o suficiente pra levantar voo preferimos acreditar naqueles que dizem que não temos asas.

A vida é importante demais para não ser apreciada, valorizada, amada até mesmos em suas fragilidades, em seus fragmentos.

É fácil desprezar as coisas pequenas, simples e belas da vida… da nossa vida!

Não precisamos de luxo para sermos felizes, precisamos de amor e de gratidão. Precisamos trazer a memória tudo aquilo que nos traz alegria, esperança e vida pra continuar a caminhada.

Seremos felizes na mesma medida em que formos gratos pelo que temos, lutarmos com paixão pelo que queremos e quando refletirmos amor em tudo o que fizermos. ❤

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Foto: Luis Dalvan