INSENSATEZ

Essa semana eu estava mais sensível que o normal. Havia muitas coisas me incomodando dentro de mim e minha própria insegurança era uma delas. Não o bastante, ainda dei lugar para o meu vitimismo, pois eu queria que massageassem meu ego para eu me sentir melhor.

Eu já estava sensível e fiquei ainda mais por não ter sido sábia e agido com mais inteligência. Essa semana passamos por uma reunião em que foi falado e explicado nossas funções e a quem devemos recorrer em casos extremos. Eu estava lá. Eu ouvi tudo e ainda levantei uma queixa particular sobre as pedagogas.

Poucos dias depois dessa reunião eu levei um assunto do aluno para a vice diretora e quando eu perguntei se eu tinha que relatar isso para a pedagoga, ela simplesmente disse: “Não foi isso que foi dito na reunião?”. Ela não estava brava. Não foi sarcástica. Mas foi seca em suas palavras e o tom era de “você está me perguntando o óbvio”.

No mesmo dia eu notei que alguns colegas de trabalho estavam indiferentes comigo. Não me olhavam nos olhos mais. Nem mesmo quando eu falava algo direcionado a elas.

Fiquei mal a semana inteira. Pensando em como eu sou substituível tanto como profissional quanto como pessoa. Eu fui deixada de lado. As pessoas nos deixam de lado quando não somos mais interessantes para elas. É fácil ser indiferente.

Hoje eu acabei descontando toda essa frustração acumulada em quem não tinha nada a ver com meus problemas. Resultado? Me senti mal e chorei. Não tive como me desculpar com a pessoa, mas percebi que preciso trabalhar melhor minhas emoções, meus problemas ao final de cada dia. Não posso deixar que todo esse lixo emocional se acumule e contamine a minha alma.

Preciso assumir minhas responsabilidades e abandonar de vez esse vitimismo. Trabalhar essa minha insegurança, essa autoestima fragilizada para melhorar quem eu sou ao invés de querer que massageiem meu ego. Não é disso que preciso.

Está tudo bem se não gostarem de mim. Está tudo bem se eu não for interessante aos olhos dos outros. Não é o fim do mundo se não olham pra mim quando eu falo. Não tenho que ficar pra baixo quando chamam a minha atenção. Minha missão não é agradar os outros, mas sim melhorar quem eu sou.

“A mulher sábia edifica a sua casa, mas a insensata com suas próprias mãos a derruba.” (Provérbios 14.1)

É tempo de deixar de ser essa mulher insensata e tomar uma nova postura, uma nova atitude. Me tornar uma mulher sábia. Pensar e agir com sabedoria e inteligência. É assim que vou me tornar uma pessoa bem resolvida na vida.